com ricochetes embaraçados em mate biselado
correndo todos os reflexos dos cimos a baixo
desenhando elipses em tons rubros encantados
imagens aladas
parábolas hagiograficamente imaginadas
cravadas na triunfante simbologia das frestas do céu.
Procurava no ponto frágil transbordante das palavras
a latitude da paz desejada
longe do mundo,
longe de tudo,
longe do tempo,
longe do peso crepuscular das silhuetas dantescas
(espectros com mantos apocalípticos
em asfixia densa)
em asfixia densa)
obliterando o terreno dos ruídos persistentes
(as sombras inúteis que envolvem as orlas incontinentes
os furacões infinitos onde rodopiam ventos quentes
os furacões infinitos onde rodopiam ventos quentes
os espíritos que inalam o furor das chamas aos gritos)
carregando o espaço com uma espiritualidade urgente
mergulhada num introspectivo silêncio indulgente
conquistado ao firmamento
sem mordaça, sem negrume
com halos multiformes
e luzes a arfar em opacidade demente
estrelas a esmo cultivadas
com dedos plenos depurados
em elipses de linguagem semântica
seiva da alma intrincada
a três dimensões arquitectada
debruçada sobre falésias
onde ressoam tambores sincopados
que explodem
em sublimes aguarelas metafísicas.
CRV©2015
mergulhada num introspectivo silêncio indulgente
conquistado ao firmamento
sem mordaça, sem negrume
com halos multiformes
e luzes a arfar em opacidade demente
estrelas a esmo cultivadas
com dedos plenos depurados
em elipses de linguagem semântica
seiva da alma intrincada
a três dimensões arquitectada
debruçada sobre falésias
onde ressoam tambores sincopados
que explodem
em sublimes aguarelas metafísicas.
CRV©2015
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